quarta-feira, 2 de maio de 2007

Revolução paradigmática em matemática: o infinito em Cantor

Quando? Quarta-feira, 9 de maio de 2007, 16h00
Onde? Sala de Seminários do CLE (IFCH - Unicamp - Campinas-SP)

Resumo:
Face à pergunta: existiriam revoluções em matemática? — pergunta que se refere ao desenvolvimento da história da matemática, assim como a seus conteúdos e afirmações —, observamos posicionamentos diversos e muitas vezes contrários.

Muitos são os que respondem negativamente a essa pergunta, afirmando que, em matemática, não existem fenômenos aos quais possamos atribuir o nome de revoluções. Asseveram que a matemática possui um desenvolvimento cumulativo, no qual não é possível constatar intervenções que mereçam o nome de revolução.
Por outro lado há quem acredite que é possível observar, também na matemática, um padrão de desenvolvimento semelhante ao das outras formas de conhecimento científico, padrão este que se aproxima de uma concepção claramente revolucionária. Esta é a posição que defendemos e que pretendemos tornar mais explícita com este seminário.
Nosso trabalho tem como objetivo principal argumentar que o núcleo dos resultados matemáticos obtidos por Georg Cantor no final do século XIX, cujas idéias mais fundamentais giram em torno de sua especial concepção de infinito, possui as necessárias qualidades de inovação e grandeza para ser considerado como um avanço revolucionário em matemática.
A revolução a que nos referimos, e que acreditamos ter ocorrido com o surgimento da Teoria de Conjuntos de Cantor, constitui um marco no desenvolvimento da matemática. Este marco não pode ser ignorado, quer pelos matemáticos, quer pelos historiadores e tão pouco pelos filósofos.

Eberth Eleutério dos Santos

Departamento de Filosofia – Unicamp
Campinas

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